quarta-feira, 20 de março de 2013

Do filho de uma feminista




Texto original retirado do site Theohumanity Project. Tradução feita por este que vos escreve...

"Meu nome é Edgar van de Giessen. Tenho 45 anos e sou o filho de uma das ex-líderes feministas da Holanda nos anos 70 do século passado. Minha mãe foi a primeira mulher a receber o Harriet Freezer Award, prêmio concedido pela Opzij Organization por destacado ativismo feminista. 
Eu não escrevo aqui em busca de qualquer simpatia pessoal. Escrevo para compartilhar meus sentimentos, para que talvez um dia homens e mulheres possam viver em amor e respeito, e não apenas em igualdade jurídica mútua. 
Antes de descrever as conseqüências pessoais da criação feminista que recebi enquanto garoto, entre os 7 e 17 anos de idade, eu gostaria de expressar meu respeito por todas as mulheres e homens que protestam legitimamente contra a repressão e a discriminação de gênero, cor da pele ou origem étnica.
Portanto, eu gostaria que vocês imaginassem como é para um garoto de 10 anos de idade crescer ouvindo todos os dias de sua mãe que “os homens são a causa de todos os problemas do mundo”, que “os homens são culpados de todos os crimes, guerras e repressão no mundo”, que “todos os homens deveriam ser castrados após terem seu sêmen congelado para garantir a existência da próxima geração”, que “os homens deveriam viver em cidades diferentes das mulheres, de maneira que eles poderiam todos matar-se uns aos outros e assim, resolver o problema de sua própria existência”.
Esse é o tipo de aprendizado feminista que eu recebia todos os dias, e que criou em mim uma profunda desconfiança de mim mesmo, da autoridade masculina, e um sentimento de nunca ser capaz de ser bom ou amável enquanto um ser humano, por causa da minha masculinidade. Tal fato causou em mim uma reação de provar à minha mãe que ao menos, como seu filho, eu era diferente dos outros homens. Isto se transformou rapidamente em arrogância com relação aos outros homens, o que me tornou solitário e desprovido de amigos pela maior parte da minha vida.
Também causou em mim um ódio para com as mulheres e uma raiva que eu podia apenas reprimir, pois expressá-la provaria que minha mãe estava certa. Assim, essa repressão me transformou em um homem “bom” como uma compensação pela repressão, que então, inevitavelmente trazia ocultos em si um ódio e agressão contra as mulheres, com fantasias de estupro e violência.
Como resultado dos efeitos de uma feminista raivosa sobre seu filho, eu precisei de 25 anos de busca terapêutica e espiritual e de uma profunda cura emocional para começar a encontrar minha própria auto-valorização e para começar a experimentar relacionamentos satisfatórios comigo mesmo, com homens e com mulheres.
A guerra entre os sexos ainda está sem solução. Os índices de divórcio falam sua própria triste verdade. A violência entre homens e mulheres ainda enche as páginas dos jornais e o feminismo não foi capaz de resolver este problema. No meu caso pessoal, o feminismo por si só, como é expresso em termos que sua organização especificamente defende, em grande parte criou problemas e não os impediu. E se o feminismo leva homens a odiar mulheres amaldiçoando a escuridão em vez de acender eficazmente uma vela, o próprio feminismo deveria se perguntar se é conhecedor o suficiente do coração humano e de sua complexidade para ser capaz de resolver os problemas que ele descreve.
Quando minha mãe me dava suas palestras e tiradas feministas quando eu era garoto, ela nunca sentiu, sequer uma vez em todos aqueles anos, como suas palavras e suas energias chegavam em seu próprio filho. Amor pessoal transaciona através da habilidade de sentir o que a outra pessoa está sentindo enquanto ela (ele) está sentindo. O sofrimento emocional que minha mãe me causou não vinha apenas de suas palavras, mas também de seu não-sentimento de como suas palavras me impactavam enquanto criança pequena. Dessas formas, minha mãe teve suas próprias feridas emocionais que a tornaram uma feminista orgulhosa e insensível e uma mulher odiadora-de-homens cuja antipatia para com os homens, de maneira apoiada por sua organização, se transformaram em mim num ódio por mim mesmo e pelas mulheres.
O que quero dizer é que mesmo que alguns aspectos do feminismo tenham um importante papel em criar direitos iguais para as mulheres, o feminismo não tem um contribuição positiva para que homens e mulheres vivam em respeito e amor um para com o outro. Minha intensiva criação feminista desenvolveu exatamente o contrário. Um homem emocionalmente saudável nunca terá nenhum desejo de oprimir uma mulher. Uma mulher emocionalmente saudável nunca terá nenhum desejo de agredir um homem com as próprias armas dele.
O feminismo dos anos 70 e 80, cujo legado herdamos é um movimento reativo que usava a mesma energia opressiva que o próprio movimento se propunha a lutar contra, em vez de trabalhar os problemas reais, e portanto nunca poderá ser bem sucedido em criar uma atmosfera onde uma amorosa e poderosa feminilidade poderia florescer em uma atmosfera confiável e respeitosa para com a força masculina. Eu sinto e compreendo que as mulheres só podem respeitar a força masculina se a mesma estiver baseada numa sincera vulnerabilidade, mas o feminismo e o movimento de emancipação falharam em criar uma geração de homens assim, e elas próprias não possuem os meios de fazê-lo.
Dessa forma, o movimento feminista não pode e não consegue reconhecer as repercussões seminais do fato de que cada homem é criado em grande parte por uma mulher, e que seu relacionamento aduto com as mulheres conscientemente e inconscientemente é determinado nesta mesma grande parte por seu relacionamento com sua mãe. Porque o feminismo não desenvolveu uma visão a respeito de como educar garotos para se tornarem homens fortes e amorosos, em quem as mulheres podem confiar e amar? Como podem os garotos se transformarem em homens que reprimem, odeiam, desprezam ou não respeitam as mulheres? Eu estou convencido de que, se um garoto receber um amor emocionalmente saudável de sua mãe, não há como isso acontecer!
Nesse sentido, ao feminismo sempre faltou uma visão do que é a saúde emocional, de como um amor emocionalmente saudável pode ser transacionado de um coração humano para outro, de mãe para filho, de pai para filha, de homem para mulher e de mulher para homem.
Sem esta visão, cuja falta nunca poderia ser percebida dentro da visão míope que o movimento tinha a respeito do coração humano, independente de gênero, o feminismo permanece um movimento meramente reativo que incorpora assim os mesmos temas que nos homens ele considera errados, e tristemente nunca irá permitir que o próprio feminismo atinja seu propósito.
Sinceramente,
Edgar van de Giessen"

6 comentários:

Mais uma vez agradeço à D. Julia pelo bom homem que ela criou!

É...viver em igualdade real, parece cada vez mais utópico, apesar nos avanços tecnológicos, nossa tolerância está sendo posta a prova todo dia e cada vez mais.
Super interessante esse texto, não apenas pelo tema central do feminismo arraigado e agressivo, como também pela educação em si. Dá um certo medo pensar em como nossa ótica, nossas inseguranças e frustrações podem reverberar naqueles que estão a nossa volta.
Há que se estar atento para não se perder as medidas.

Muito bom!!

Olá Odemilson,

não consegui localizar o texto original no endereço que você publicou. O texto me parece extremamente fantasioso e gostaria muito de conhecer o original. Você poderia republicar o endereço completo do texto? Foi impossível localizar o autor também. Se você tiver mais informações sobre ele ou sobre a ganhadora do prêmio também seria bacana. Na verdade gostaria de qualquer informação que ajudasse a tirar a forte impressão de que o texto é falso.

Desde já agradeço.

Prezada, fui atrás da informação, estranhei o site ter retirado o link direto para o texto. Fiz uma pesquisa, achei uma outra matéria que linkava o texto original. Nela, testei o link e consegui acesso.

A matéria com o link correto no final está aqui:
http://falserapesociety.blogspot.com.br/2011/07/gender-101-feminist-motherhood.html

Vou aproveitar e utilizar o mesmo link do blog para atualizar minha postagem, mas de qualquer forma estou creditando o blog onde o achei aqui.

Espero ter ajudado.

Só mais uma pergunta, não resisti...

por que a escolha desta imagem para ilustrar seu post? Ela te parece uma mãe feminista? Ou uma mãe ruim ou, por qualquer aspecto, inadequada?

Escolhi a imagem por ter sido dentre todas as que procurei, a que combinou por um lado o impacto visual e capacidade de atrair atenção por si só, e por outro lado uma personagem que tivesse (mesmo que não fosse) atributos físicos e de estilo em comum com os presentes entre feministas mais radicais.

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