quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Cômico Cosmos

© NASA
Desci até os confins de meu ser
Embrenhei-me entre ossos,
Nervos, tecidos
Diferentes ou parecidos,
Desci ainda mais,
Desci demais.
Passei da alma,
Passei da palma...da mão
Passei muito, muito mais
Vi um átomo correndo
Resolvi correr atrás
Acompanhei-o
Ao pub das Moléculas,
Elétrons Prótons, Táquions
Simpáticas, Subatômicas partículas
Receberam-me bem
Conversaram comigo
E me mandaram além.
Disseram que no espaço
Após desfeitos os laços
Além do princípio,
Além do fim,
Havia uma resposta pra mim,
Então eu fui. Desci mais e mais
Virei a realidade ao avesso,
E o que encontrei atrás?
Nebulosas,
Cometas,
Galáxias frondosas...
O velho universo de sempre,
Que deu a volta na existência
E no espelho das aparências
Fechou a curva da infinidade,
E me mandou de volta pra casa
Me sentei num meteorito,
Descansei, (e cansei de dar risadas)
Pensando em como é bonito
Procurar em largas passadas
Vagando pelo infinito
Resolver algum mistério,
Quando não sei nem a sério
Pescar Deus, e suas piadas!

Publicado no Recanto das Letras em 18/05/2010

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